Rodrigo e Márcia viviam em São Paulo com os dois filhos de 1 e 5 anos. Ele, de 40 anos, era director financeiro e ela, de 38, era directora de marketing. A vida corria-lhes muito bem, apesar de trabalharem 10 horas por dia e não terem tempo para a família, até que Rodrigo, com peso a mais, foi parar ao hospital com pressão alta. Não morreu por sorte, mas percebeu que tinha que mudar de vida. E rapidamente.
Ainda no hospital, Rodrigo recebera de presente um livro com o relato da aventura de uma família basca que decidiu largar tudo e dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro*. Como um sinal divino, pareceu-lhes a solução para todos os males. Largaram o emprego e a casa e compraram um veleiro de de 45 pés em segunda mão, chamado Cavalo Marinho. E, sem antes nenhum deles ter posto os pés sequer num barco, começaram por se mudar para lá e tratar de aprender a manejá-lo.
Seis meses depois, durante os quais aprenderam os fundamentos da vela e da vida a bordo, participaram de algumas regatas costeiras e se habituaram a viver em pouco mais de 50 m2, levantaram ferro e rumaram às Caraíbas. Passados dois anos, diminuíram drasticamente o padrão a que estavam habituados, mas em compensação a sua qualidade de vida tinha subido às alturas. Nunca mais ninguém ficou doente, Rodrigo está em excelente forma física e as crianças, que têm aulas todos os dias graças à internet, já falam inglês e francês fluentemente e aprendem História Natural em sítios como as Galápagos.
I want it.
* Aventura a toda vela, de Santiago González Zunzundegui, um dos livros que o Federico me deixou.
4 comentários:
Ok, se fizerem um passagem pelo que eu apelido de trângulo maravilha: Samoa, Tonga e Fidji, eu alinho convosco! :)
You'll have it: someday, somehow, somewhere.
Como diz a canção...
Um estilo de vida que não me fascina nada. Não pelo espaço exíguo, pela falta de conforto, mas apenas e tão só por ser de barco!!! Jamais! Agora de avião não sei não:)
É um fascínio ouvir esses aventureiros(as) e na minha terra tive o prazer de conhecer um casal idêntico. Desde que saí, nunca mais soube nada deles.
Capitão, penso em ir às Caraíbas primeiro, depois logo se vê. Isto, obviamente se me sair o euromilhões!!!
Ana, say a little prayer for me, como dizia a outra canção.
Fatyly, eu a-d-o-r-a-v-a passar uns dois anos dentro de um veleiro. Sonho com isso há anos!
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