Saramago: “Planta … que é dada ao gado como alimento, também chamada cabresto … Personagem burlesco, … bufão de comédias” (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa, pag. 3339).
Não sou eu que afirmo, portanto!
A falta que nos tem feito nos últimos dias D. Brites de Almeida. Provavelmente, nos tempos que correm, D. Brites, na ausência do alvo visado em terras lusas, tomaria um voo low cost rumo a Lanzarote, munida da sua pá, para, já não usando dos métodos outrora praticados, face à actual vigência de códigos penais, introduzir algum bom senso (que parece tratar-se de um bem distribuído por todos os homens, segundo Descartes, embora não conduza à verdade) no vetusto cérebro do nosso Nobel José Saramago (leia-se Hocé Saramiago).
Na sua altivez intelectual, galardoado que foi há anos, brinda-nos de quando em vez, desde a sua Ilha pedra-pomes, ora com mais uma obra, que leio, por regra, ora com doutas opiniões, que se saiba nunca lhe pedidas, defensoras da integração ibérica.Quer, portanto, o nosso (?) Nobel transferir para o plano das nações o muy encantador enlace que o une a uma castelhana (olhe que uma já ficou sem pescoço e era só galega), olvidando-se dos oitocentos anos de história independente dos seus concidadãos (?), da pátria língua que lhe deu D. Dinis, universalizada por Camões e Pessoa.
Bom, afinal não é bem assim, arrepiou Saramago na sua jangada canária (que, caso não saiba, o que não concedo, já fez parte desta pobre faixa atlântica). A integração ibérica pode ser só mais ou menos, não se reduzindo Portugal a uma mera região autónoma, e, se calhar, até é melhor não, pois a Santa Madre Igreja dos vizinhos ainda é muito Torquemada (nós seremos mais Vieira).
O que não perdoa mesmo é ao mais alto magistrado da Nação. Absurdo, absurdo …. lá se vai o lugar no Panteão. Há que seduzir uma das infantas Cristinas, para garantir as honras na derradeira escrita. Brites, em vez da paulada no miolo, enxota o senhor Saramago de castigo, sem a Pilar (Mercedes, Lola ??), uns bons anos para a ilha da Madeira, com uma cassete do bailinho, uns livros daquela criatura fininha loura que escreve uns livros lá na capital (juro que não me lembro como se chama a mulher) e audiências semanais com o Jardim. Aí sim, poderemos compreender algum amuo. No mais, ele que esqueça o secretário de estado, que já ninguém se recorda quem foi, e ainda se lhe coloca o nome na travessa do Possolo.
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Este é o terceiro post de um blog acabadinho de nascer. Tomei a liberdade de o pôr aqui para que, como eu, os meus parcos (mas bons!) leitores não percam a oportunidade única de penetrar num dos mais belos cérebros que habita este planeta, pertencente a um GRANDE amigo meu. Pela amostra, já viram que a coisa promete.
8 comentários:
Madalena, sua malvadona, que revelas o meu embrionário (para sempre) ensaio bloguistico. É que eu juro mesmo que não tenho tempo ... Mas tu continua, pois já não podes negar a tua excelente veia. Manda-me a morada para eu te enviar um livrito.
Quero o teu mail.
lrcastilho@gmail.com
beijos
Mad, adorei seu blog e seu post muito me encantou, mágico suas palavras.
Amo Saramago, ele corre pelas minhas veias. Lembrei-me de uma frase dele. Ele disse que “aprender com a experiência dos outros é menos penoso do que aprender com a própria.”
Quero aprender muito com você.
Beijo grande
Tátá, bem-vinda a este blog à deriva no meio do Atlântico. Ainda bem que gostou, mas devo ressalvar que este post não é meu. O link do autor está no fim do texto.
já lá canta nos meus links.
muito bom.
Em tempos teci, não sei se aqui se noutro blog, algumas insinuações referentes aos nossos políticos e governantes e relativas ao estado se sítio a que tinham chegado as nossas instituições e o nosso País.
Nessa altura desabafei que esperava não ter que dar razão a Saramago, no tocante à criação da Ibéria. Fiquem descansados que foi meramente um desaforo de pensamento, uma diarreia mental momentânea, que me deu unicamente por causa do estado da Nação. Onde é que eu já ouvi isto?
Mas fiquem descansados que apesar deste apêndice de nome espanhol que transporto, seria certamente dos primeiros que tal como D. Brites os correria à pazada, embora eles já quase nos tenham comprado aos talhões.
Agora só mais uma coisa e não se ofendam os mais intelectuais, ou melhor podem ofender-se mas vão ter dois trabalhos, o de se ofenderem e desofenderem. Isto porque eu nunca cheguei ao fim dum livro desse senhor, não sei bem porquê, mas se me lembro é porque ficava com falta de ar pela falta de pontuação. Aquela escrita corrida deixáva-me confuso sem perceber o que o dito escreve, mas agora até percebo, depois de saber da tradução da palavra Saramago.
Bem por mim está tudo dito, apenas mais uma coisa Madalena, vai ao blog do Baleal para leres o que te escrevi por causa da repetição da minha poesiazinha.
bjs, pp.
PP, eu, que tb devo ter costela de Brites, ia logo atrás de ti, no que toca à porrada (já sabes bem como eu gosto...)
Quanto ao Saramago - e de má vontade digo isto - lá isso, se há coisa que o desgraçado faz bem, é escrever.
Quanto ao teu recado, vou já lá a correr.
Beijinhos.
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