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junho 16, 2011

Tomem lá.

Letra da minha irmã, na voz assombrosa do António Zambujo.

  Uma Vez Que Seja - Antonio Zambujo, letra de Ana Vidal by madalenavidal

julho 01, 2009

...

Ah, este orgulho que a noite me devolve
a língua forrada de palavras
e outros líquidos de amor
E a culpa do silêncio que me dás
na incerteza de qualquer verdade
De ti já pouco sei
De mim já me ignoro
Ah, este orgulho que a noite me devolve
e que me dói


Para a Pat, o meu metro e meio alentejano, que tenho a certeza que perceberia sem eu ter de lhe contar.


junho 28, 2009

Respeitável público:

Estou naquela fase em que pura e simplesmente não me apetecem blogues. Nem o meu nem o dos outros. Desculpem-me por isso todos aqueles que, simpaticamente, me continuam a visitar e a insistir para que ponha aqui coisas. Esta fase ainda vai durar uns dias, tenho a certeza disso. Ando virada para dentro e não quero falar sobre isso. Mas isto passa :)
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junho 06, 2009

Mãe é mãe e faz-nos falta como o chão


Dói-me a alma de ver uma uma pessoa, que foi em tempos a minha segunda mãe, tão doente e debilitada. Tão diferente da pessoa doce e equilibrada que sempre foi. A velhice é uma coisa tramada que às vezes nos transforma num oposto gritante de nós próprios e ao que habituámos os que nos rodeiam. Faz-nos maltratar os que nos são mais próximos, como que de propósito para não deixar (muitas) saudades. A demência é uma benção para quem sofre dela, mas um inferno para os outros.

Estou assim, triste.
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maio 20, 2009

...


Está bem melhor assim.

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maio 11, 2009

Venham mais 2

(o bolo foi fanado à Leonor, a melhor patissière - e a mais gira - do planeta)

2 anos já cá cantam.
624 postas de pescada.
4 mil seiscentos e tal comentários.
E quase 45.000 cuscos. 
Os parabéns são para mim, mas isto sem vocês era uma seca :)))

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maio 10, 2009

Sabe tão bem.

Tornei-me revivalista à força. Também me tornei nostálgica, patriotico-fanática e sentimentalona, mas isso agora não tem nada a ver, como diria a outra. Ou tem. Por acaso até tem. Digo isto porque nunca fui nada que se parecesse, nem remotamente (a idade a distância fazem coisas estranhas às pessoas...), e achava uma pieguice monumental sê-lo até há bem pouco tempo.

Este fim-de-semana estou sozinha, o Diogo viajou para o Brasil por umas semanas (buáaaaa!). E, por circunstâncias nada agradáveis, diga-se de passagem, a Isabel, minha amiga de infância, terá de passar os próximos fins-de-semana aqui na Parvónia. Vai daí, proporcionou-se ontem uma tarde daquelas. Veio ela e o irmão mais novo, que até há uns anos era invisível (amigo do meu irmão mais novo e portanto puto, não sei sei se estão a ver?...) O puto R. é hoje em dia um advogado de primeiríssima linha, está muito bem casado e com filhos (liiiiindos!), com interesse, com conversa e mais: tem uma memória inesgotável para histórias antigas das nossas duas famílias. 

Eu, que perdi o meu Pai quando tinha 21 anos - e ele esteve doente e muito diminuído por um enfarte (aos 50 e poucos!) nos últimos dez anos de vida - adoro ouvir o R. contar as histórias que ouve do Pai dele (eram grandes amigos), que me dão a conhecer uma faceta profissional do meu Pai de que eu não tinha a mais leve noção.

Por ele (shame on my sisters!), fiquei a saber que o meu Pai introduziu a suinicultura intensiva em Portugal (os pavilhões do meu Pai foram os primeiros do país - e ainda existem), que era uma sumidade e dava ordens ao país inteiro na matéria, e que dava consultoria para toda a Europa - eu, que achava que ele era veterinário e agricultor... - e que só não foi administrador da maior fábrica de rações do país porque teve um enfarte entretanto, e os cabrões dos americanos aproveitaram-se desse facto.

Também soube que a minha Mãe - além de directora de um hospital e delegada de saúde por décadas a fio - quando veio para cá, há mais de cinquenta anos, fez um trabalho importantíssimo de cariz não só médico como social (sem ganhar mais por isso - típico dela...). Este concelho (que é enorme, diga-se de passagem) deve-lhe a erradicação total de algumas doenças epidémicas graves, a informação porta-a-porta (literalmente!, disso lembro-me, acompanhei-a muitas vezes em miúda) sobre cuidados de higiene básica, desinfecção de alimentos e coisas assim. Coisas que hoje em dia toda a gente sabe, mas que naquela altura não era bem assim.

Ainda vou escrever muito sobre o que era a Parvónia há quarenta anos...
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maio 05, 2009

Tenho saudades

  • do passeio que dei sozinha na foz do rio (qual?) que desagua na praia da Amoreira e dos cinco kilos (pelo menos) de pedrinhas pretas em forma de palito que lá apanhei;
  • de acordar com uma galinha à janela no meio de nenhures no monte da D. Adília, perto da Zambujeira;
  • das tiras de raia frita, da cataplana de peixe misto, dos camarões-tigre grelhados, mas principalmente das amêijoas que comi no Sítio do Forno;
  • da Paula, uma querida, empregada do Sítio do Forno, que nos arranjou uma casa às 11 da noite de sábado de um fds grande;
  • da vista do Sítio do Forno;
  • de me debruçar nas rochas da não-praia da Azenha do Mar;
  • de gastar uma fortuna em pulseiras, colares, saias de cigana, calças saruel, etc., nos ciganos de Porto Covo;
  • dos percebes que comi em Aljezur (os melhores de todos);
  • dos montes abandonados por todo o lado que eram a minha cara chapada;
  • ...
Ai...
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abril 03, 2009

Lola - o foguete




Isto foi o que se aproveitou de mais de 30 fotografias tiradas. Sua Excelência não pára um segundo, por isso fica sempre metade dela na fotografia...
Não é de se comer???
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março 31, 2009

Lola e os primos

A Lola já corre tudo perfeitamente à vontade. Dormiu no quarto da minha irmã com a cabeça dentro do chinelo dela.

O Xuruca ficou completamente apaixonado assim que a viu, claro. Lambeu-lhe o focinho e pulou à volta dela a chamá-la para brincar. Ela, a fazer-se difícil, rosnou-lhe uma ou duas vezes (começa cedo), mas depois rendeu-se.

A Maria continua a não lhe ligar nenhuma - acha-a insignificante demais para perder tempo com ela. Cheirou-a e tal, mas depois decidiu que provavelmente não ganha nada com o assunto e foi à vida dela (leia-se dormir, que é só o que ela faz além de comer).

Fotografias logo à tarde.
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março 30, 2009

Lola

Tenho uma sobrinha nova. Chegou hoje a casa, por volta das oito da noite, e é linda de morrer. Já lhe peguei ao colo e parece que gostou de mim. É natural, eu sou sempre a tia preferida :)

É morena, tem uns olhos verde-azeitona lindos, pesa aí uns 4 kilos (no máximo) e é muito simpática. Não me parece que tenha aprovado o meu perfume, mas com bebés já se sabe que leva o seu tempo. Tem uns pés enormes, vai ser alta e grande. Tem umas orelhas um bocadinho grandes, mas os olhos enormes e meigos compensam quaisquer dúvidas: vai ser um doce.

Chama-se Lola, tem dois meses e é uma boxer + sabe Deus o quê (e who cares?), foi pescada num canil perto de Sintra e dá vontade de a comer com beijinhos :))))))

Amanhã vai ser apresentada aos primos (agora ainda está muito nervosa, tadinha). O Xuruca está nervosíssimo (ainda não a viu mas já a cheirou na minha roupa, a abanar o rabo furiosamente; a Maria não ligou pêva, como é costume).
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março 28, 2009

Hoje

Vou matar saudades disto...


... para aqui.



março 22, 2009

E num instantinho, que tenho de ir dormir


Tive mais um fim-de-semana de arromba, em Marvão e a comer do bom e do melhor, numa casa fantástica e com os melhores amigos do mundo. E, para cúmulo, trouxe um molhão de pés de hortenses já pegadas, 4 freixos, lilases, madressilva e um salgueiro (a minha árvore preferida) grande com raiz. Tudo à borliú.

E o Benfica ganhou!!!
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março 20, 2009

Quarto dos Mortos*

Eu até já tinha assinado a petição. Mas a Angelblue chamou-me a atenção outra vez para esta barbaridade. Parece que há coisas às quais só um grandecíssimo murro no estômago nos faz reagir. Esta é uma delas. E já se sabe: mexem com bichos, mexem comigo.

Todos vocês já ouviram de certeza falar disto: um anormal qualquer não teve ideia melhor para se autopromover mundialmente do que atar um cão abandonado na rua (outra ironia: o canito chamava-se Natividad) e deixá-lo morrer lentamente à fome e à sede às vistas de quem visitava aquela "exposição". Para cúmulo, o artista, de seu nome Guillermo Vargas Habacuc, foi convidado a fazê-lo outra vez este ano.

Se eu vivesse perto da dita "exposição", das duas uma: ou matava o filho da puta do Habacuc à chapada ou, se não quisesse problemas, pagava bilhete todos os dias só para dar água e comida ao cão. Palavra que era gaija para sequestrar o dito cabrão e enfiá-lo no meu Quarto dos Mortos*, qual Fritzl, e matá-lo à fome, à sede, e, já agora, ao pontapé nos tomates.

Mas há aqui coisas que eu, juro, não percebo. Uma coisa é o filho-da-puta do Habacuc que se quer autopromover e não olha a meios - e o facto é que conseguiu ser conhecido a nível mundial; outra é o museu (não sei qual é, nem me interessa) que conseguiu o mesmo. Até aqui ainda vou. Não aceito, mas percebo. Mas o que eu não percebo mesmo, por mais que tente, é a quantidade de gente anónima que por ali passou todos os dias, que viu a agonia do Natividad, que lhe percebeu o desespero nos olhos e não fez NADA. Rien. Nothing. Zero. A ponta dum corno, falando em bom português.

Se acham que eu tenho razão, assinem, por amor de Deus, a petição aqui: e não, não há desculpas.


* Tenho uma divisão na minha casa que é chamada assim há décadas. Um dia conto, juro.
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fevereiro 28, 2009

Fadistices


Tinha saudades de fados, tinha mesmo. Isto de passar quase dez anos emigrada fez-me sentir umas saudades doidas da pátria, e por causa dela dos galos de Barcelos, das fadistices, das varinas, da luz de Lisboa, das oliveiras, dos malmequeres à beira das estradas, do cheirinho a alecrim. Nunca me senti tão portuguesa como desde que fui embora.

A noite de ontem foi pródiga em sentimentos contraditórios. Cantou-se muito, maravilhosamente bem e também malzinho. Falou-se pouco com quem se devia. Comeu-se decentemente, bebeu-se razoavelmente. A sala, mínima, estava cheia que nem um ovo já ao princípio da noite. E como foi chegando mais gente, chegou a um ponto em que parecia que não cabia nem mais uma agulha. E até a mim, que fumo como uma chaminé, me doíam os olhos. Mas fadistices são mesmo assim. O álcool faz mal à voz, dizem. Não acho nada, e que faz maravilhas à arte de representar é que não tenho mesmo dúvidas nenhumas.

Os reis da noite: o António, excelente como sempre (e que bonitos érres ele tem), e a Maria João Quadros, cuja voz portentosa me arrepia a espinha. Os Câmaras, chegados tarde e a más horas, deram vários ares da sua graça com a qualidade de sempre. O Nuno Aguiar pôs-nos todos a sorrir com a sua simpatia. E do resto, desculpem-me, não gostei nada: a Gaivota, o fado mais bonito do mundo, cantado por um canário - afinadinho, é certo, mas que mal se ouvia.

Mas soube-me a pato. Obrigada, António.


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fevereiro 18, 2009

Pronto,


... já cá estou. Muitíssimo obrigada a todos os que se deram ao trabalho (não fizeram mais q'a vossa obrigação!) de me darem os parabéns, pelas mais variadas formas: blog, e-mail, facebook, sms, telelé, palmadão nas costas, beijoca repenicada, grunhido matinal, entre outras.
Xi-cos. Hei-de agradecer a todos pessoalmente, quando me der na veneta.