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junho 09, 2008

42 pés = quase 14 metros...

Lagoon 440 5Ahhhhh...

Lembram-se daquela máxima de "quanto mais conheço gente mais gosto do meu cão"? Pois eu, como é óbvio, "quanto mais vivo no Brasil mais gosto de estrangeiros". É assim mesmo. Sorry. E estou quase-quase-quase (mas ainda não) a achar que não há excepções.

Tenho há uma semana em casa um casal de amigos belgas com uma filha pequena. E não dão trabalho nenhum. Zero. O Jack, a Nancy e a pequena Elisabeth, que faz 5 anos no próximo dia 17, e que, apesar de ser uma criança perfeitamente normal e esperta que nem um alho (mais do que o normal, até, diria eu!), não se ouve o dia todo. Uma querida. Se pudesse, comprava-a*.

O Jack e a Nancy viveram num veleiro durante 18 anos. Desde o projecto Elisabeth que vivem temporariamente em terra, aqui no Brasil, mas planeiam voltar ao mar, agora que ela já é grande. Correram o mundo inteiro ao sabor dos ventos (à excepção da Ásia, vá Deus saber por quê) num veleiro de ferro chamado Avalon, de 44 pés (14 metros e picos, para leigos). Agora planeiam construir um catamaran de 60 pés (uns imponentes 18 metros) para seguir viagem mundo fora. É o quinto barco que vão construir com as próprias mãos. O nosso, de 42 pés (again, quase 14 metros para leigos) vai ser o quarto - sonhar não custa, não é?... Vai estar pronto daqui a uns 7 meses, já contando com atrasos.

* Kidding!

dezembro 04, 2007

Depois de amanhã

Encontrei a minha vida inteira conforto mental em sonhar, olhar para a frente, concentrar-me no que gostaria que a minha vida fosse no futuro, em vez de me preocupar com o desfecho provável. Digamos que o meu hoje será bastante mais feliz se eu pensar no meu hipotético depois de amanhã.

outubro 31, 2007

Vidas 1

Rodrigo e Márcia viviam em São Paulo com os dois filhos de 1 e 5 anos. Ele, de 40 anos, era director financeiro e ela, de 38, era directora de marketing. A vida corria-lhes muito bem, apesar de trabalharem 10 horas por dia e não terem tempo para a família, até que Rodrigo, com peso a mais, foi parar ao hospital com pressão alta. Não morreu por sorte, mas percebeu que tinha que mudar de vida. E rapidamente.

Ainda no hospital, Rodrigo recebera de presente um livro com o relato da aventura de uma família basca que decidiu largar tudo e dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro*. Como um sinal divino, pareceu-lhes a solução para todos os males. Largaram o emprego e a casa e compraram um veleiro de de 45 pés em segunda mão, chamado Cavalo Marinho. E, sem antes nenhum deles ter posto os pés sequer num barco, começaram por se mudar para lá e tratar de aprender a manejá-lo.

Seis meses depois, durante os quais aprenderam os fundamentos da vela e da vida a bordo, participaram de algumas regatas costeiras e se habituaram a viver em pouco mais de 50 m2, levantaram ferro e rumaram às Caraíbas. Passados dois anos, diminuíram drasticamente o padrão a que estavam habituados, mas em compensação a sua qualidade de vida tinha subido às alturas. Nunca mais ninguém ficou doente, Rodrigo está em excelente forma física e as crianças, que têm aulas todos os dias graças à internet, já falam inglês e francês fluentemente e aprendem História Natural em sítios como as Galápagos.

I want it.

* Aventura a toda vela, de Santiago González Zunzundegui, um dos livros que o Federico me deixou.

outubro 09, 2007

Projecto Titanic

Pronto, está decidido: vamos construir um barco de madeira com as próprias (e provavelmente uma ajudinha das de um carpinteiro...) mãos. Para já, não vai ser um veleiro (eu queria, mas o Diogo que é mais caro e mais complicado), vai ser um reles barquito a motor. Estamos a apontar para os 25 pés (já uso o jargão naval e tudo!), com cabine, wc, cozinha, solário e muito espaço na banheira (mais jargão) para patuscadas, pescarias e banhos de sol.

E já descobrimos outro doido, o David (umbarcoeumbarcoeumbarco.blogspot.com), que, sendo igualmente virgem nestas andanças, já começou a construir o dele sózinho. Tá bem que não é um veleiro a sério (diz ele), é um modelo à escala com menos de 2 metros, mas não interessa: se o dono tiver 1,40 de altura consegue navegar. Uma pena ele estar no Porto. Mas com a net, é como se vivesse aqui ao lado.

Mais um projecto que sai da prateleira das coisas que ainda não fiz.

Do video, pareceu-me apropriada a música: You can´t always get what you want, dos Stones.