Há dias em que me levanto vazia, como se tivesse acordado com o mundo inteiro às minhas costas. São dias em que acordar é pior que não ter dormido e levantar-me da cama parece mais esgotante do que atravessar o oceano a nado. São dias em que me estou a borrifar para as limpezas, para os negócios, para os impostos, para o Benfica, para o clima, para a política e para o telejornal.
São manhãs afogadas numa vontade enorme de atirar tudo para o alto, apagar a minha identidade e roubar a de alguém do outro lado do mundo com uma história completamente diferente e um futuro que me pertença. Quando não consigo dar com o sentido da minha vida, apetece-me passar um pano nela e começar tudo outra vez do zero. Talvez como bióloga marinha a viver numa tenda nas Galápagos, a fazer uma pesquisa que contribuirá decisivamente para o futuro do planeta. Como uma ativista social em África, ou uma jornalista de guerra no Médio-Oriente. E às vezes só como uma professorinha de província, ou uma obscura funcionária pública de emprego anónimo, existência simples e ambições a condizer.
São manhãs densas, submersas em saudades, em que me arrasto penosamente à espera das benditas horas de sono que me trarão a manhã seguinte.
São manhãs afogadas numa vontade enorme de atirar tudo para o alto, apagar a minha identidade e roubar a de alguém do outro lado do mundo com uma história completamente diferente e um futuro que me pertença. Quando não consigo dar com o sentido da minha vida, apetece-me passar um pano nela e começar tudo outra vez do zero. Talvez como bióloga marinha a viver numa tenda nas Galápagos, a fazer uma pesquisa que contribuirá decisivamente para o futuro do planeta. Como uma ativista social em África, ou uma jornalista de guerra no Médio-Oriente. E às vezes só como uma professorinha de província, ou uma obscura funcionária pública de emprego anónimo, existência simples e ambições a condizer.
São manhãs densas, submersas em saudades, em que me arrasto penosamente à espera das benditas horas de sono que me trarão a manhã seguinte.
7 comentários:
Até para o Benfica!?!?
é sinal que estás viva...e podes pedir...
imagina o contrário, a quantidade de pessoas que não tem a sorte de poder imaginar, só porque nasceram no lado errado do planeta...
assim volto a falar do second life...a oportunidade se seres quem quiseres...
ps - pensa em quatro ou cinco coisas ou imagens ou musica que ames á séria e assim que a força negra começar a atacar, vai a tua biblioteca pessoal e tcham!!!!
prá trás, negatividade relativa
Hum...como eu te compreendo!
És so Benfica? Que péssimo gosto! :)
Sou do Benfica mas detesto futebol. Do que eu gosto mesmo é da "seleçon"!
Kiko, essa do second life, não sei não... isso não dá uma trabalheira desgraçada???
Há momentos assim e espero que hoje te encontre mais bem disposta. O que estás a precisar é da viagem no tal veleiro:)Força rapariga linda*******
não sei, nunca fui mas inventa uma, ou melhor cria um blog onde és o que ás vezes te apetece...olha aproveita o teu novo nome brasileiro e pimba...
nasceu o blog da adaiane lopes
Olha que não lembras mal...
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