agosto 23, 2007

A arte de bem receber... "brazilian style"


Recebemos um convite para almoçar em casa de um casal brasileiro conhecido. Chegámos pontualmente (os únicos, como sempre) ao meio-dia, levámos o presente da praxe (no nosso caso, 2 kilos de camarão graúdo e seis latas de cerveja) e preparámo-nos para relaxar à volta da piscina e aproveitar a tarde quente e a promessa de farta comezaina e mais farta ainda “bebezaina”.

Éramos aí uns 15 convidados. O dono da casa sentou-se, de cerveja na mão, numa das 6 cadeiras existentes e no melhor lugar da única mesa de 4 lugares. E de lá não saiu o resto da tarde. A dona da casa desapareceu, mais a empregada, dentro de casa e nunca mais ninguém as viu o resto do dia.

Gelo, não havia. Pratos, havia 4. Talheres, idem. Copos, havia 6. Guardanapos, nem sombra. Sal, pouco. Cerveja, mais ninguém trouxe e outro convidado lá teve que a ir comprar. O frigorífico estava completamente vazio, com a desculpa da casa ser só de férias. Na churrasqueira, uma das convidadas grelhou as 4 únicas (!) costeletas de porco que havia e os nossos camarões, no (pouco) carvão que havia. A única coisa que houve com fartura foi o forró da praxe, e aos gritos – claro!

Aguentámos até às cinco da tarde. Balanço do meu almoço: UMA cerveja (chegámos cedo...), UM camarão grelhado (porque eram meus e tive vergonha de comer mais) e uns 17 copos de água morna. Quanto às costeletas, tive medo de me espetarem um garfo na mão se tentasse pegar numa, tal era a foçanga...


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