Como cantavam os Barclays James Harvest, ‘life is for living and living is free’.
Para uma mente sã, o simples facto de estar vivo deveria ser suficiente. Mas não há mentes sãs. Pelo menos, não sempre. Todos temos períodos temporários de insanidade mental, o que, ao mesmo tempo que nos pode livrar das tão temidas depressões, nos provoca neuras, por vezes monumentais.
Somos humanos. Viver não chega. Amor e uma cabana soa bem, desde que a cabana tenha ar condicionado e seja em Bora Bora. Ou seja, é preciso viver bem. E não, não estou a ser sarcástica (não muito...). Podemos ter tudo, mas se não tivermos o suficiente, somos obrigatoriamente infelizes. E o insuficiente pode ser tudo. E não ter tudo pode ser a mesma coisa que ter coisa nenhuma.
Conheci há dias uma brasileira, bonita, rica, muuuuito bem sucedida profissionalmente (juíza do supremo tribunal, um dos melhores cargos públicos a que se pode aspirar no Brasil), casada com um advogado suíço reformado e com dois filhos de um casamento anterior, com uma casa supostamente óptima na cidade e outra (esta vi eu) linda, à beira de uma lagoa. Visto de fora – e apoiado pela atitude dela à entrada, do tipo chéguêi! -, parecia ela que tinha tudo aquilo que a maioria das pessoas pode desejar. Mas, assim que bebeu uns copos (nove!, notem, NOVE!!! caipirinhas – e depois eu é que bebo!!!), brindou-nos com uma crise existencial daquelas cinematográficas, com uma banda sonora bem documentada por uma dezena de motivos do tipo “tenho uma borbulha no nariz”, que, dado o currículum da menina, todos achámos insignificantes. Para mais, segundo disseram as más línguas (profusamente presentes na ocasião, diga-se de passagem...), as nove caipirinhas eram perfeitamente habituais (!).
Moral da história: nunca nada chega? Ou há gente que nunca está contente com nada? Bolas!
Bem sei que a felicidade não existe, vai existindo. Não é um estado, é feita de momentos. Não se é, está-se feliz. Etc, etc, etc...
O significado da vida? Só pode ser vivê-la. Porque se for mais do que isto, é o quê, alcançar a santidade?
Aaaaaaaargh!!!.......................
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