Há poucas coisas no mundo que me dão mais prazer que um bom café, bem tirado, curto e cheio de espuma e – fundamental! – numa chávena fria.
De facto, assim de repente, não deve haver sabor que me excite tanto as papilas gustativas e que me ponha em êxtase gastronómico tão agudo como um bom café, à excepção talvez de um bom (não sei porquê, isto soa-me a redundância) queijo de Azeitão, uns lagostins fresquinhos, uma santola recheada, a mousse Arcádia do meu irmão (que é chef – de profissão, note-se!), a marquisette da Ana, o toucinho do céu da Gitú e os sonhos da Rosa – mas isso é para outro blog. Voltando ao meu café, sempre lhe chamei italiana, mas aqui no Brasil ninguém sabe o que isso é.
Há quase dois anos que não ia a Lisboa. Assim que aterrei, logo no balcão das chegadas do aeroporto, ainda não eram oito da manhã, enfiei três italianas de seguida, perante o olhar horrorizado da minha irmã mais velha, que me tinha ido buscar, e as gargalhadas da minha sobrinha Mariana, que só repetia “a tia continua completamente doida!!!” – Já não há respeito...
Dias mais tarde, ainda eu me deleitava inocentemente com as minhas italianazecas saboreadas em balcões anónimos de “pastelarias” mais anónimas ainda, tive o que só posso chamar uma epifania: o descobrir da existência, no fim de um jantar em casa de amigos, de um manjar cafeínico que elevou o meu conceito de prazer papilo-gustativo às alturas do Olimpo. Depois do jantar – bom, mas banal – recostei-me à espera do famigerado café de saco – que pode ser óptimo, não me levem a mal, mas na minha opinião serve mesmo à rasquinha – para usar uma expressão que o MEC definiria como “do Sr. Antunes” – para pequenos-almoços, molho de bifes e pouco mais... – que tem quem ainda não se rendeu às caríssimas, e de resultados na maioria dos casos francamente duvidosos, máquinas caseiras de café expresso.
Mas não, para surpresa minha. Depois de uns barulhinhos simpáticos acompanhados de um perfume celestial vindo da cozinha, ali mesmo ao lado, qual não foi o meu espanto quando me puseram mesmo debaixo do nariz o mais obscenamente cremoso, fragrante, espumoso, aveludado e delicioso café que experimentei até hoje: um Nespresso.
Não me espanta que o George Clooney achasse que estavam a falar dele!
De facto, assim de repente, não deve haver sabor que me excite tanto as papilas gustativas e que me ponha em êxtase gastronómico tão agudo como um bom café, à excepção talvez de um bom (não sei porquê, isto soa-me a redundância) queijo de Azeitão, uns lagostins fresquinhos, uma santola recheada, a mousse Arcádia do meu irmão (que é chef – de profissão, note-se!), a marquisette da Ana, o toucinho do céu da Gitú e os sonhos da Rosa – mas isso é para outro blog. Voltando ao meu café, sempre lhe chamei italiana, mas aqui no Brasil ninguém sabe o que isso é.
Há quase dois anos que não ia a Lisboa. Assim que aterrei, logo no balcão das chegadas do aeroporto, ainda não eram oito da manhã, enfiei três italianas de seguida, perante o olhar horrorizado da minha irmã mais velha, que me tinha ido buscar, e as gargalhadas da minha sobrinha Mariana, que só repetia “a tia continua completamente doida!!!” – Já não há respeito...
Dias mais tarde, ainda eu me deleitava inocentemente com as minhas italianazecas saboreadas em balcões anónimos de “pastelarias” mais anónimas ainda, tive o que só posso chamar uma epifania: o descobrir da existência, no fim de um jantar em casa de amigos, de um manjar cafeínico que elevou o meu conceito de prazer papilo-gustativo às alturas do Olimpo. Depois do jantar – bom, mas banal – recostei-me à espera do famigerado café de saco – que pode ser óptimo, não me levem a mal, mas na minha opinião serve mesmo à rasquinha – para usar uma expressão que o MEC definiria como “do Sr. Antunes” – para pequenos-almoços, molho de bifes e pouco mais... – que tem quem ainda não se rendeu às caríssimas, e de resultados na maioria dos casos francamente duvidosos, máquinas caseiras de café expresso.
Mas não, para surpresa minha. Depois de uns barulhinhos simpáticos acompanhados de um perfume celestial vindo da cozinha, ali mesmo ao lado, qual não foi o meu espanto quando me puseram mesmo debaixo do nariz o mais obscenamente cremoso, fragrante, espumoso, aveludado e delicioso café que experimentei até hoje: um Nespresso.
Não me espanta que o George Clooney achasse que estavam a falar dele!
7 comentários:
Madalena, espero que continues, como diz a tua sobrinha, "completamente doida" por café e pelos prazeres da vida.
Morramos felizes com rios de cafeína a correr-nos nas veias e, speedados, mais depressa chegaremos ao Céu.
Ou onde quer que seja.
Beijos do João Paulo e um piscar de olho do tio Clooney.
(Eu sei que preferirias um beijo do tio Clooney e um piscar de olho do João paulo, mas o tio Clooney fugiu com uma caixa de Martinis e uma máquina de café Nespresso...)
Filho da mãe... o tio Clooney, claro. Por acaso não tens ideia se ele fugiu cá pró Brasil, não? :D
Ai Mad!
Queres ver que não te chega o Cachucho!!! Ai, ai, ai...
Além disso, o Clooney tá velho e já troca meninas por Martini...
Beijos
PS: Quanto ao texto... como eu te compreendo! E olha que o teu (da Pázinha) café de saco não era nada mau;)
Continuo a preferir o de balão, a não ser que fosse servido pelo tio Clooney. Sem martini, de preferência.
Boa, obrigada pelas dicas para próximas receitas no Pasteis.
E POR AMOR DE DEUS CALA-ME ESSE DESGRAÇADO que sobe o morro sempre que se abre o teu blog!!!!
Adoro café, mas acho que preferia o Clooney... Já estou à janela, a ver se o vejo a fugir com a caixa de martinis, não para o Brasil mas aqui para as bandas das Amoreiras.
Vê lá se não ficas garganeira, Madalena. Como diz a Flora, já tens aí o Cachucho!
Bjs
Rosarinho
Olha, antes de tudo, desculpe se não fui chamado, mas eu vou tentar explicar.
Acontece que estava eu nesta tarde fria de Curitiba, trabalhando sozinho em casa, e sentindo uma vontade de tomar um café expresso, lembrei-me que tenho uma maquina dessas em casa, mas que há muito não uso, e achei que deveria dar uma olhada no Google, pra ver se achava alguma receita 'interessante' de café expresso. Cliquei em uma das respostas do Google sobre café expresso, e cai nesse seu blog. Comecei a ler o texto, diga-se de passagem, muito bom, interessante e bem escrito, parabéns. Mas o que mais me causou para escrever estas linhas, foi o prazer quase sexual que tive ao ouvir a música do Elton John ao fundo, cuja qualidade do som claro que aliada a surpresa, superou de longe quaisquer outra audição que já possa ter tido.
Simplesmente fantástica, inesperada e uma grata surpresa.
P A R A B É N S ! ! ! ! !
Abraço,
Djalma
djalma.almeida@pop.com.br
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