abril 25, 2009

Mais fragmentos de memória do meu 25

Lembro-me de ter aparecido uma ofensa nova na escola para "pessoas como eu": fascista. Fazíamos parte da suposta elite do burgo e morávamos num casarão. Não éramos ricos, nem nada que se pareça, mas éramos de direita numa terra em que 98% das pessoas votava no PCP.

Ninguém sabia muito bem o que queria dizer fascista, claro, mas sabíamos que era um palavrão. E que estava relacionado com gente que explorava os trabalhadores. Um horror, portanto, mas o tipo de pessoas que eu sabia que os meus pais não eram. 

Também me lembro de ter dado algumas chapadas a colegas de escola (algumas grandes amigas) e de, pela primeira vez, não ser castigada em casa por causa disso. Mas o pior do pós-25, como diz o André, foram os desenhos animados checos do Vasco Granja.

Outra versão do 25 familiar aqui (e tão a leste como a minha, mesmo com nove anos de diferença).

.

19 comentários:

Joao Quaresma disse...

Também tive disso (anos depois). Isso é piece-of-cake.

Houve muita, muita gente presa sem razão, muitas vezes apenas por causa do apelido, apenas para serem os bodes expiatórios. Houve torturas - no RALIS e numa tal moradia no Restelo, ocupada pelo COPCON - que incluiram choques eléctricos, e violações da mulher e dos filhos para fazer falar o pai.

Essa é a parte da História que não querem que se saiba. Essa e outras.

Mad disse...

O que queres dizer? Que neste caso os fins não justificaram os meios? Nunca justificam. Mas chega-se ao equilíbrio através dos extremos. A história confirma-o.

Mad disse...

E claro que é piece of cake!

Maria Tudor disse...

Eu é mais 25 de Novembro


Confesso que tenho problemas de pele com uma certa esquerda, agora esquerda caviar...

e eu, Mad, sou mesmo filha do proletariado!!!

Felizmente os meus pais, apesar da pouca instrução sempre me ensinaram que a defesa da liberdade e da esquerda não são exclusivo de ninguém... Foi uma maioria muito silenciosa que o conseguiu e não meia duzia de caramelos...

By the way ninguém fala da amnistia concedia a quem foi condenado a 17 anos de pena de prisão efectiva e que agora está prestes a ser promovido??? E sim estou a falar desse grande camarada Otelo

Há por aí muita gentinha que tinha que nascer e morrer 30 vezes para chegar ao nível do Senhor Professor Doutor Marcelo Caetano.
Mas quando a própria FDL não presta o devido reconhecimento a um dos seus mais brilhantes académicos o que dizer do resto do país.

Eu, quando se deu o 25 do quatro, tinha cinco meses e estava em casa com a minha ama. Por isso olho para a história com o reconhecimento, sem dúvida, mas também com o distanciamento que acho que já faz falta.

Salgueiro Maia é dos poucos que me merece respeito!

Ai mulher tu desculpa lá, mas este assunto puxa-me pela língua...

bj

Joao Quaresma disse...

Mad: os fins dos comunistas não eram a Liberdade e a Democracia em Portugal. Nunca foram nem nunca serão, só quem não os conhece é que pode acreditar no contrário. O que queriam era instalar uma ditadura comunista cá e no que era o império português.

Só cá e em Timor é que não conseguiram mas viu-se qual o tipo de "liberdade e democracia" eles pretendiam em Angola, Moçambique e Guiné (menos mal em Cabo Verde, onde houve apenas uns massacrezinhos).

Mad disse...

Maria,
Estou zangadíssima contigo e cheia de vontade de te dizer uns palavrões por email, mas não o tenho. Aquilo faz-se a alguém???
;)

João,
Acho que já disse por aqui algures que não sei nada política, não quero saber e, como se costuma dizer, tenho raiva a quem sabe. Por favor encare estes posts como uma redacção da quarta classe, que é o que sou em termos de conhecimentos políticos. Chega-lhe como resposta àquele arrazoado seríissimo que escreveu ali em cima?
:)

Maria Tudor disse...

Oh mulher a culpa não é minha!!! Eu estava sossegada.

Toma lá o mail

aconspiracaodacorte@gmail.com


Olha que não estás mais danada do que eu...

Paulo disse...

O meu avô tinha para lá umas terras e o meu pai herdou umas vinhas, logo, também era fascista e, imagina, latifundiário. A ignorância era imensa e as pessoas misturavam tudo, o que me parece perfeitamente compreensível.

Mas contabilizando os disparates que aconteceram (e é natural que aconteçam em situações semelhantes), são os aspectos positivos que ficam a ganhar. Não há nada que chegue a não sermos perseguidos por termos uma opinião. Por isso eu comemoro e é mesmo a data que me dá mais prazer comemorar.

Já tinha lido a versão da Ana lá na PdV :)

Iris Restolho disse...

Graças a eles a minha família que nunca havia feito nada de errado perdeu tudo em Angola, tudo.

Para além de terem feito da minha terra aquilo que ela é agora. Mas não quero falar de política.

Apenas quero dizer que nasci depois do 25 de Abril, sempre achei que foi uma revolução necessária e o facto de ter sido feita da forma como foi, é de mérito e engrandece-nos coo povo. Mas como em tudo existem efeitos secundários e esses derivam sempre da alma pequena das pessoas. Houve atrocidades, da mesma forma, como houve antes.

Sempre fui de direita e a minha família também e já muitas vezes me chamaram fascista por isso! Sabes que mais, eu sorria sempre, não por que me considere fascista, apenas acredito na democracia, no livre arbítrio, na igualdade de oportunidades, mas porque eu sempre soube o que fascista, comunista ou democrática queria dizer. Na boca de quem saíam essas palavras, não passavam de sons vazios, pois ainda hoje não percebem nada disso.

Se a maioria dos comunistas se dessem ao trabalho de lerem Karl Max, provavelmente, deixariam de o ser.

Fatyly disse...

Não me lembro dos desenhos animados checos do Vasco Granja, possivelmente estaria ainda no Brasil, não sei.

Houve muita porcaria no após, mas nada que se compare com o horror da ditadura de Salazar e de 70 a 74 a história narra alguma coisita mas não a realidade, onde Angola tinha entrado numa guerra civil sem precedentes. A realidade de Angola era diferente (hoje sei as das outras ex-colónias) onde a descolonização poderia ter evitado tanta chacina feita por infiltrados defensores do petróleo, diamantes e minérios, com a cooperação do governo de Splínola e Caetano e sei lá mais quem, já que havia união entre o MPLA, FNLA que se juntou com a UNITA e quem nasceu lá e estava lá, tanto se dava ser governado por pretos, brancos ou mulatos e como éramos e mostrámos bem CONTRA A IDA DE MILHARES DE JOVENS MILITARES DA METRÓPOLE, que perdidos, eram apoiados pela populações mas iam em missão para defenderem o povo? Não meu amigos para defenderem as riquezas da terra vermelha. O meu maior silêncio de respeito para com esses militares.
Descolonização já e agora…foi a ordem desordeira e à maluca!
Mário Soares e mais dois, os três irmãos metralha enviaram o pulha do Rosa Coutinho que sem sair da fragata fundeada ao largo da baía de Luanda esteve 6 meses dando ordens dantescas, e ainda ontem ele se gabava que evitou em Angola a propagação da Rádio de Moçambique onde se formou a “rebelião branca” (não é este nome mas agora não me ocorre). Conseguiu mas o que a história não conta é que em Moçambique havia de facto RACISMO (influenciada e muito pela África do Sul) e que em Angola havia casos esporádicos e era de todo o interesse que a ideia fosse contrária e o assunto era bem mais diferente, mas que S.Exª. conseguiu atiçar a guerra civil onde a ordem nº.1 era MATAR TODOS QUE…
Depois da demandada dos top-gama do funcionalismo público e todos os seus haveres em barcos onde ninguém poderia pôr alguma coisita, foi a vez dos milhares apelidados de “retornados” – brancos, pretos e mulatos – porque o medo, o horror, a fome, a sede não tem cor, sexo e idade. Também vim, 3 dias antes da independência apenas pela fome e por ter uma filha de seis meses, mas fui para o Brasil onde estive quase 3 anos. Sei da merda que muitos retornados fizeram por cá que ainda hoje condeno veemente e mantenho a minha velha frase até hoje: quem é desordeiro, desonesto, ladrão, etc. na sua terra é e continuará a ser em qualquer parte do mundo!
Não percebo muito de política, nem discuto, apenas sei a política que senti na pele e apesar dos pesares, em 35 anos mudámos e evoluímos bastante, com coisas negativas e positivas e como é bom viver em liberdade sem o velho lápis da censura, sem os grilhões da tortura, sem as vestes quase todas iguais, sem termos que render homenagens a uma fotografia mal começavam as aulas, sem os bufos e pidescos, onde a mulher é mais valorizada e podermos discutir política, atitudes, decisões governamentais sem medos de cairmos nos fossos da PIDE!

Nunca existiria a liberdade da blosgofera ainda hoje limitada em vários países como todos sabem.

Felizes dos que não viveram esses tempos, felizes dos que eram pequenitos no dia 25 de Abril...o mesmo não poderei dizer dos que ficaram amputados, estropiados, depressivos, mortos numa guerra estúpida (se é que existe alguma inteligente) apenas e tão só para defesa de bens que enchiam a pança e os bolsos de meia dúzia.
Hoje só porque se tem uma bela casa, herdada ou adquirida com sacrifício é-se rico? Não meus amigos…ricos são todos os que entram na corrupção encapotada pelo que todos sabemos e aos jovens – jamais uma geração rasca – deixo um apelo…lutem por aquilo que é vosso, sejam mais solidários e humanos, eduquem os vossos filhos, sobrinhos e netos a terem o que podem e não o que não podem, a não discriminarem quem é diferente, a pouparem o planeta, a dividirem o que têm a mais pelos mais desfavorecidos, mostrai-lhes o que é um hospital, um lar de idosos, etc.etc., a não enveredarem pela criminalidade e drogas, a estudarem e irem o mais longe possível, a saberem fazer bem as continhas orçamentais, mas para isso há que conversar, conversar, conversar com regras e negociações para que aprendam também a palavra Não! e que nas próximas eleições estejam presentes, porque o futuro é vosso e jamais meu já que eu estou FORA DA VALIDADE E IMPRÓPRIA PARA CONSUMO lolll

Foi a minha atitude perante as filhas como pai e mãe e é a mesma que tenho perante as netas onde por vezes sai uma palmada bem assente ou um Não bem audível

Sempre vivi nesta casa arrendada, lutei e trabalhei muito para dar às filhas o que precisavam. Voaram e agora que se amanhem, sabendo que serei sempre a ilha onde podem lançar a âncora. Não tenho mágoas do passado porque soube curá-las mas não abro mão da minha LIBERDADE pela qual lutei tanto e não permito que me deitem farinha amparo para os olhos!
Não deito o olho para a casa do vizinho numa de…se tem eu também quero… (mentira por vezes gamo umas belas ameixas da pernada além muro que me provoca hummm que delícia) e vivo assim há 30 anos, feliz, muito feliz excepto com o meu velhinho carrinho que hoje bronqueou mas já o desentupi com os aerosois modernos.

Desculpem a extensão, desculpem o desabafo mas luto muito e lutarei sempre até à morte pelo país que me acolheu e no qual tenho imenso orgulho, porque sou PORTUGUESA mas sempre MADE IN ANGOLA.
Sejam felizes por favor e não percam a ESPERANÇA!

Fatyly disse...

e com este lençol digo-vos inté...porque..."juro que tenho mais que fazer..." e vou sair com três ladies em que a mais nova tem 79 anitos (a minha mãe) hehehehehe

PKB disse...

No dia 25 de Abril de 1974 eu tinha 23 meses e 25 dias (estava precisamente a uma semana do meu 2.º aniversário).
Estava em Moçambique com os meus pais. Em Agosto vim-me embora com a minha mãe. O meu pai chegou em Novembro. Para que conste, os meus pais não eram donos de alguma fazenda ou merda do género. O meu pai era e ainda é funcionário público. Do pós-25/4 lembro-me de não poder dizer que tinha nascido em Moçambique porque me chamavam logo de preta. Qualquer pessoa nascida nas colónias era rotulada de preta. Depois também reparei que não tinha liberdade de expressão com um tio comunista em casa que tinha andado a fazer barricadas quando a maioria silenciosa saiu à rua.Em 1975 estava na Madeira e como tinha 3 anos, não me lembro da crise. Mas o que sei é que se conquistámos a liberdade em 25/4/1974, também a reconquistámos em 25711/1975.
Os filmes do Vasco Granja eram fixes, pá! eheheheh COm ele apareceu a Pantera Cor de Rosa! =)))

Beijinhos!

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Mad disse...

Paulo,
Só facto de os revolucionários acharem que havia latifundiários no Ribatejo é para rir.

Iris,
Naquela altura se não se andasse sujo, barbudo e camisola de lã esburacada era-se logo fascista. Mas eu também não quero falar de política. E os filmes do Vasco Granja (e o próprio) eram uma seca monumental, mas era o que havia :D

Fatyly,
Este teu comentário dava um belo post :)

Laurus nobilis disse...

Concordo! Os pretensos desenhos animados do Vasco Granja traumatizaram toda uma geração… Eram um verdadeiro pesadelo!

Joao Quaresma disse...

Vamos lá ver: a liberdade de expressão e a democracia que temos hoje só surgiu muitos anos depois do 25 de Abril e não foi de certeza graças à Esquerda nem aos capitães de Abril. Os primeiros debates livres que houve na televisão sobre este tema foram em 1994, quando se viu que já não era possível fazer a coisa só com comunistas (eu sei porque tenho alguns gravados).

Até essa altura era absolutamente impensável que passasse para a opinião pública alguma coisa que não fosse dizer o pior possível de Salazar ou do antes do 25 de Abril.

Lembro de num programa dos apanhados do Joaquim Letria, em que puseram uma falsa portagem na Marginal, um homem indignado desatou a dizer «Meu rico Salazar!». Isso foi para o ar e no dia seguinte foi um pé de vento com toda a Esquerda a criticar a RTP por não ter censurado essa frase.

Durante muitos anos pensei que tínhamos perdido a Guerra de África, o que não é verdade como depois fiquei a saber quando me pus a pesquisar sobre o assunto.

As minhas recordações do 25 de Abril não existem porque era muito novo. Mas sei bem aquilo porque passou a minha família e a de amigos. Piece of cake, comparado com outros casos. Mas disso, não quero falar.

Gosto muito de Democracia e Liberdade e por isso mesmo é que digo: 25 de Abril, nunca mais!

Mad disse...

João,

Dizer que o regime salazarista era melhor que o que temos agora é uma enormidade tão grande (passe a redundância) que nem sei o que diga. Vindo de alguém com 35 anos então...

A única coisa boa que Salazar fez (e foi boa mesmo, há que dizê-lo) foi manter Portugal fora da guerra. O resto foi um atraso de vida, tanto em termos económicos como sociais. Se me ponho aqui a falar da diferença dos direitos da mulheres nunca mais me calo. Mas isso, pelos vistos, passou-lhe ao lado.

Consigo imaginar o que passou com a sua família; deve ter sido parecido com o que se passou com a minha. Mas há que ver a big picture, não lhe parece?

Também eu gosto de Democracia e Liberdade e por isso digo: 25 de Abril SEMPRE.

Joao Quaresma disse...

Mad: são 40 anos de História, é um período muito vasto para reduzir a argumentos simples. O Salazar fez muito mais do que livrar-nos da guerra, mas é um assunto demasiado vasto para falar aqui. Mas para se avaliar Salazar, é preciso primeiro saber como estava o país antes dele chegar ao poder...

Eu não cheguei a dizer que estávamos melhor dantes do que agora, mas a minha opinião é que estávamos melhor numas coisas e pior noutras. É óbvio que era inaceitável não haver direito ao divórcio, ou haver a primazia legal do homem sobre a mulher; além de muitas outras coisas. Mas também é inaceitável a podridão de corrupção descarada e injustiça que se vive hoje, as pessoas não terem filhos porque estão escravizadas pela compra de casa, ter-se rebentado com grande parte da economia para sermos apenas um país de serviços, chegar-se ao ponto de haver partes do território onde a polícia não entra porque tem mêdo, o Estado consumir 50% da riqueza nacional quando dantes era 20% e funcionava, e a forma como os governos governam contra o interesse do país e das futuras gerações.

Em 1974 este país precisava de ser corrigido em muita coisa, mas que se mantivesse o que havia de bom. E o que aconteceu nessa altura foi um vandalismo completo, não para bem do país, mas para satisfazer os planos de outros países, nomeadamente para correr conosco de Africa.

É claro que se pode dizer que o 25 de Abril não pode ser responsabilizado por tudo o que de mau aconteceu ao país desde então. Mas criou as condições para que acontecesse.

Entregámos o Império de mão beijada sem nenhuma compensação, demos cabo do próprio país, quase entrámos em guerra civil. E isso deve ser comemorado?

Como já aqui foi dito, eu sou mais 25 de Novembro, mas mesmo aí tenho dúvidas.

Dê Duarte Osório disse...

Hesitei imenso em escrever este comentário, mas há algo em mim (para o bem e para o mal) que não me deixa ficar calada.
Ora vejamos: o que havia realmente de bom no 24 de Abril? Alguém me consegue explicar? Ok, tínhamos uma vidinha muito calma e protegida; não havia negros nas ruas, nem gangs nas Escolas. A mãe diz que o dinheiro durava muito mais tempo e que, com muito menos, conseguia comprar muito mais. Muito bem. Era o nosso mundo. A nossa realidade, mas nós somos inteligentes, não? Pensamos, vemos e lemos. Somos sensatos. Decerto sabemos que não era assim em todo o País. Ah...e tínhamos o "tal" Império...o das Colónias! Fantástico! Já me tinha esquecido!
E quantos destes nossos blogues existiriam nesse tempo? Quem, saudavelmente, poderia escrever o que lhe desse na real gana?
Ppara mim, só isto basta. Mas eu lá conseguiria viver num País onde não pudesse dizer o que me apetecesse? Ir tristemente a Espanha comprar caramelos, só porque o escudo era mais forte? E o marasmo? As coisas fabulosas que o pai nos trazia de fora e que aqui nem existiam (porque éramos absolutamente fantásticos, mas nunca evoluríamos para lado algum).
O resto, João Quaresma, faz parte da História. Se com o 25de Abril houve injustiças? Claro que sim! Mas muitas famílias não estavam tão isentas de culpa como tudo isso...Em que mundo vivia? Na lua? Na família, houve um caso de ocupação de uma casa no Alentejo. E depois? Querem ver que fiquei definitivamente contra o 25 de Abril? Por favor! E, infelizmente, tal como hoje, a História vai-se fazendo com algumas injustiças. O que dizer, por exemplo, de alguns apelidos ligados à Banca, (já que falou das injustiças cometidas a alguns apelidos) que contribuiram para que a "crise" ficasse tão insuportável para tantos Portugueses? Não é injusto? E isso passa-se HOJE. Como vê, as injustiças continuam...E são URGENTES reformas SIM!
Se sou de esquerda? Sou Monárquica.

Desculpa Mad, também eu não entendo nada de política, mas os comentários do João Quaresma (desculpe tratá-lo pelo nome), pareceram-me um pouco insustentáveis.