9 anos and counting

Conhecemo-nos há 9 anos, numa noite de Verão na Zambujeira, e nunca mais nos largámos. Não temos outras datas, a não ser aquela, de 4 de Junho. Para variar, nenhum de nós se lembrou no próprio dia, neste anos todos. Até nisso somos iguais.

Conhecemo-nos e pronto: foi amor à primeira vista. Até hoje: abancou lá em casa no primeiro dia e nunca mais saiu.

Com grandes aventuras pelo caminho, muitas gargalhadas, algumas discussões e milhares de abraços, cá estamos, a caminho da próxima aventura. Se um diz mata, outro diz esfola. Somos os dois Aquário: ele com os pés no chão, eu com a cabeça no ar, o que significa que nos completamos perfeitamente. Temos os dois alma de pássaro e de peixe. Somos os melhores amigos um do outro. Ele, quando tem saudades dos amigos, chama-me Manel (!). Eu chamo-lhe uma data de coisas que não são de todo publicáveis.

Somos como a letra e a música, o bacalhau e os emigrantes, os jeans e a t-shirt branca: não vivemos um sem o outro. Ele faz com que o mundo inteiro inteiro pareça bom.

Sem querer matar de coração as respectivas famílias, ainda não empacotámos uma aventura e já fazemos planos detalhados para a próxima. Como sempre.

No dia 4 de Junho de 2009 vai haver festa rija. E estão todos convidados.

O nosso amor é sem prazo,
começou sem data certa.
Vai ficar intemporal
até que o tempo lhe diga
que já é tempo de ser.
O nosso amor é só isto:
é o estar a acontecer.

(Sem data certa, Manuela Amaral)