maio 07, 2008

Música

Há pessoas para quem a música é para ouvir. Só. Que conseguem dissertar e teorizar sobre ela, descrevê-la, analisá-la.

Eu não consigo. Só a consigo sentir, ouvir e principalmente dançá-la. Eu ADORO dançá-la. E tenho umas saudades enormes de dançar. De entrar numa pista e de me mexer* de olhos fechados até parar de exaustão ou, como aconteceu na maioria das vezes, as luzes se desligarem e me dizerem vá, amanhã há mais. Nem sequer me lembro da última vez que isso aconteceu. Deve ter sido há anos, esquisita como eu sou em termos de música. Talvez no Green Hill, no 2001 ou no Túnel, ou algures no Bairro Alto.
Quando eu digo dançar, quero dizer dançar. DANÇAR. Não é fazer teatro para inglês ver. É fechar os olhos e IR. Viajar pelos sentidos, pelo tempo, pela memória guardada, pelos sonhos futuros, pelos desgostos passados, pelos amores vividos, pelas paixões experimentadas, pelos orgasmos da vida, sejam eles literais ou não. Música, para mim, é dançar. E dançar é ouvir + sentir + exprimir através do corpo (e, por amor de Deus, é quase melhor que sexo). Se se souber a letra de cor, melhor - ou seja, o que eu acabei de dizer “ao quadrado”.

E acontece com várias músicas de que me lembro: Black Velvet da Allanah Miles, Urgent dos Foreigner, Baby I Love You dos Ramones, Another Brick In The Wall (e mais umas mil, ou seja, todas) dos Pink Floyd, Black Magic Woman (e mais umas mil, ou seja, todas) do Carlos Santana, Smoke On The Water dos Deep Purple, Once Upon A Time In The West (e mais umas mil, ou seja, todas) dos Dire Straits, You Can Leave Your Hat On (e mais umas mil, ou seja, todas) do Joe Cocker, Cose Della Vita do Eros Ramazotti, Eyes Without A Face do Billy Idol, Sexy Motherfucker e Time do Prince, Cocaine do J. J. Cale / Eric Clapton (e mais umas mil, ou seja, todas), Mamma dos Genesis (e mais umas mil, ou seja, todas), etc, etc, etc, ………...…….

Trouxe dois iPod’s. Um de 80 GB para o Diogo e um de 2 GB para mim. O meu não chega, claro (daaaaaaah!). Adiante. Mas agora danço em casa (eu e o Diogo não nos entendemos em termos de música) desde que tenho “o” iPod. O Diogo dorme e eu danço. DANÇO.


* Que verbo pobre...

14 comentários:

Gi disse...

Bom mas não melhor que :) :) :)

quanto ao resto que escreves, leio-te e revejo-me. Não há termo melhor, deixar levar ... é isso mesmo. Sou péssima companheira quando ía a sítios onde se podia dançar. Entrava noutro mundo que, desde que entrava na pista até que saía, era só meu. Adoro dançar. Estás a atiçar-me a vontade :)

Um beijinho

Unknown disse...

esqueceste meat loaf...e soft cell...e genesis...e peter Fampton...E...Que saudades desse abandono...qundo vieres temos que combinar uma noitada dessas...
bjinhos
ita

Unknown disse...

pois para mim dancar tem dias, mas quando e dia sim... ai, ai!
beijos

Anónimo disse...

Que saudades! Pois é! Noites sem parar numa pista de olhos fechados! Partilho esse teu " felling". Temos que combinar, claro está!!!! Beijinhos

Huckleberry Friend disse...

Senti-me a pairar, Mad. Também adoro dançar, até de manhã se possível... e até o tenho feito, com o meu par preferido, sem que as barrigas crescidas (uma com mais justificação do que a outra) sejam obstáculo. A última vez foi no Algarve, sábado passado. Espero que a próxima não demore! Beijos e um abraço ao Diogo!

tcl disse...

percebo bem o que tu dizes, mad. eu também adoro dançar, embora ache que é coisa para a qual não tenho ponta de talento. mas quero mais é que se lixe... mexo-me como sinto a música, de olhos fechados e curto á brava. e, a mior parte das vezes, conheço as músicas, mas não faço a menor ideia de quem são os interpretes, uma desgraça. passo montes de vezes por aquelas cenas estúpidas de: "sabes aquela música dos hcvefhg?" e eu "hum...não estou a ver, quem são esses?" e depois o/a outro/a olha para mim com cara de que não acredita, diz algo como "mas não conheces como? toda a gente conhece" e mais umas explicações e afinal, claro que sabia, e conhecia. um zero à esquerda para nomes de bandas, eu.

Anónimo disse...

Happy Blogoversary!!
keep it up your good work!!

Fatyly disse...

Também não sei descrever e analizar, gosto ou não gosto e para dançar não é preciso ir para lugares específicos porque faço-o em casa ou até num simples passeio à beira mar:)

Su disse...

Já sei que tens mais que fazer, mas como sobrevivem os teus leitores sem novidades?!
Deste-nos música e agora mais nada...

João Paulo Cardoso disse...

Mas... por onde é que anda a menina?

Não sabe que eu venho aqui diariamente para ler os seus escritos?

Resta-me ler uma qualquer porcaria de Gabriel Garcia Márquez ou Salman Rushdie, esses escritores menores...

Beijos.

Patti disse...

Que saudades do Green Hill e do Túnel!

Adoro o Mama.
A minha preferida do Billy Idol é Sweet Sixteen.

Anónimo disse...

Dançar!....
mas continuo a dançar, só que de vez em quando, afasto móveis, tiro os tapetes, e vêm todos cá para casa.
Aqui ninguém manda embora, nem fecha a casa.
A última vez, eram sete da manhã, e estávamos a comer caldo verde e croissants, acabados de fazer.
Não liga pois não? pensas tu...depois de horas de dança, comem-se pedras, como bem te lembrarás.
Dançar, é sensualidade pura e em movimento.

beijinho

Anónimo disse...

esta é para responder à Gi

"o melhor que", quando preparado pela dança, é o melhor "o melhor que" do mundo

sorriso

Anónimo disse...

Olá Mad

tens um desafio no Claras.
Dá para desabafar, o que já não é mau!

gargalhada

Beijinho