A Manu foi baptizada no sábado, dia de N. Sra. das Graças, na igrejinha da aldeia. Ficou Emanuela de sua graça, e só porque eu fui a tempo de corrigir, ou teria ficado Emanuelle, o que, convenhamos, não seria lá muito adequado.
Gostei de tudo. Gostei da missa de palavras simples e calorosas, cheia de música e inesperadas salvas de palmas a cada intervalo da homilia. Gostei do padre, alto, simples e de voz de barítono, de calças de ganga e chinelos de enfiar no dedo por baixo da vestimenta branca. Não gostei de não poder ser a madrinha oficial (ai, esta igreja que me exclui), mas – surpresa! – o padre disse: não serás madrinha aos olhos da igreja mas vais sê-lo aos olhos de Deus. Então, em que é que ficamos?
O problema é que há coisas que eu levo muito a sério. Não fui madrinha e agora também não me sinto uma. Sirvo para pagar o vestido, o baptizado, o telhado novo da igreja e mais as contas que aparecerem. Acho que o meu presente de não-madrinha vai ser uma conta bancária em que a Manu só vai poder mexer quanto fizer 18 anos.
6 comentários:
Parece-me que calculo a razão pela qual não podes ser madrinha. Há coisas em que realmente me parece que a Igreja tem de rever as suas posições.
Acho incrível que casais com quatro filhos e vários anos de casamento consigam uma anulação do casamento (em Espanha é a toda a hora, basta ler a Hola), podendo assim continuar a comungar e até ficando livres para voltar a casar pela Igreja. Aquela Isabel Preysler famosíssima, então, até duas anulações conseguiu: uma do Julito (três filhos) e outra do marquês (uma filha)...
Muito triste.
Um beijo.
Nem mais, Teresa: oficialmente, vivo "em pecado" há 7 anos. Mas para pagar as contas já sou filha de Deus.
Claro que é triste, mas triste é, sobretudo, a tacanhice desta gente (por gente entenda-se "padres, beatas e afins), que se recusam a viver no século 21.
Aqui, entre nós, é para o lado que eu durmo melhor. Mas irrita. Lá isso irrita.
Essa miúda é uma bonequinha!
Cutchi, cutchi!!! :)
Que doce e o olhar de criança apaga as "parvalheiras" de uma Igreja retrógada e castradora.
Como te compreendo Mad! Ando em rota de colisão com a Igreja Católica há anos, há dias que até me arrependo de ter casado pela dita :S
Prima, claro que aos olhos de Deus tu és madrinha da Manu. E se não o és aos olhos da igreja, isso irrita e muito. Eu sei bem. Mas a igreja é a cana de pesca do teu post acima deste!
Parabéns, Madrinha! Beijos gordos para a tua afilhada linda e para ti.
Rosarinho
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