outubro 19, 2007

Coisas de que vou ter saudades quando me for embora

Não vai haver muitas, já se sabe. Mas do meu jardim, há umas quantas plantas que vou ter pena de não poder meter na mala. Este flamboyanzinho (delonix regia) é a principal. Xodó meu - do Diogo, principalmente - foi semeado dentro de um copinho de yogurte e amorosamente regado dia sim, dia não, por seis meses, até ser altura de ser transplantado definitivamente. Tem quase 2 anos e 1,20m de altura. Dizem-me que no próximo inverno vai florir.

Quando crescer, vai ser assim:


Mas eu não vou ver.

6 comentários:

João Paulo Cardoso disse...

Este post é candidato a dois prémios:

"Prémio Agridoce 2007", ou seja, como um post pode ser ao mesmo tempo alegre e triste...

"Prémio Efeitos Especiais do Ano", ou seja como uma plantinha que começa num frasco de iogurte se transforma numa arbórea matulona de chapéu florido.

Se o Brasil conseguisse fazer o mesmo com outras miudezas seria grande.

Beijos.

Mad disse...

Bem dito, JP. Muuuuito bem dito. Bjs.

ana v. disse...

Pois, n�o tenho mais nada a acrescentar. O grande JP j� disse tudo mesmo... bolas! Porque � que n�o me deixas fazer um brilharete de vez em quando, JP?

Anónimo disse...

Tás a pensar vir embora, prima? Queres ver que não me dás tempo para te ir visitar!?

A propósito da qualidade do post, não comento: os dois comentários antes disseram tudo.
Mas a propósito da vossa árvore, conto-te uma história: um amigo meu queria arrancar um limoeiro que plantara "há séculos e nunca mais dava limões". Eu e outra amiga fizémos uma cena e não deixámos. E na manhã seguinte o limoeiro não tinha limões mas sim algumas garrafas de gin!
Parece que nunca mais deu gin, mas está grande e dá limões óptimos!
Quem sabe, talvez a vossa árvore vos faça uma surpresa e uma manhã vos surpreenda linda e em flor como a da fotografia!

Beijos para os 2
Rosa

inespimentel disse...

O Tagore diz que se deve ter um filho , escrever um livro e plantar uma árvore, nesta passagem pelo planeta!
Vais sempre ver esta árvore que nasceu por amor dentro do teu copinho de iogurte, dentro de ti, vai florir contigo e para ti;
as árvores são como filhos independentes... dizia tb o Tagore: "- Se gostas dos teus filhos manda-os viajar!"
E é assim, lançando sementes de que nem sempre colhemos os frutos que se faz o caminho, a aventura!
Tudo de bom para ti

Mad disse...

Rosalina, se este flamboyant desse garrafas de 51, eu casava-me com ele!

Inês, bem vinda a este blog no meio do atlântico. Volte sempre! Obrigada pelas suas palavras tão simpáticas. Quanto ao Tagore, ásvores já semeei muitas, livros logo se vê, mas filhos é que tá difícil...