Acontece todos os anos, mas parece sempre um presente especial dos deuses. Céus de mil tons de azul, árvores muito verdes cheias de folhas novas, flores a desabrochar por todo o lado, brisas frescas que trazem a manhã, noites estreladas que mais parecem um espectáculo encomendado de fogo-de-artifício: a Natureza vibra e oferece-se despudoradamente ao prazer dos sentidos.
Enquanto o Inverno é recolhimento, encolhimento e timidez, a Primavera é começo, criação, explosão, expansão e, principalmente, descaramento. Tudo aparece, tudo se despe, tudo toma forma. Há uma vibração no ar que mexe com a líbido e dá vontade de sairmos aos beijos por aí fora.
Os elementos primordiais conspiram para dar connosco em doidos. A Água faz nascer o desejo e expressa todo o seu poder na primavera. O Fogo comanda as emoções e os fluidos necessários. A Terra denuncia as palavras e os pensamentos. O Ar (o meu elemento – tinha que ser...) mexe com a respiração, os músculos, o cheiro, a pele e os pêlos.
2 comentários:
Ah, bom, parece que já descobriste (ou foi o Cachucho?) uma maneira de mandar a neura para as urtigas.
Não há como as hormonas...
Assim está melhor!
bjs
m'ana
Assim é que eu gosto. Lê tudo, comenta tudo...
Boa!
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