junho 11, 2007

As virtudes humanas

“Todos podemos ser virtuosos. Desenvolver qualidades como a Caridade, a Honestidade, o Amor, a Paciência, entre outras, é como cultivar uma planta desde a semente. Regá-la e alimentá-la diariamente assegurará o seu desenvolvimento saudável e alimentará o mundo inteiro.”

Fanny Zigband e Wilson F. D. Weigl, jornalistas cariocas

Compaixão, Solidariedade, Coragem, Bondade - as virtudes sempre estiveram ao nosso alcance. Dependendo de cada época e de cada cultura, umas são mais valorizadas que outras, acompanhando as transformações da sociedade. Reuni-las todas ao mesmo tempo parece-me tarefa para alguém iluminado ou a caminho da santidade... Mas podemos – se quisermos - desenvolver algumas delas. Assim tornamo-nos mais fortes, mais equilibrados, mais humanos, enfim.

Há quase seis mil anos, Aristóteles definiu a virtude como “a disposição para fazer o bem, um atributo da vontade que precisa de ser repetido para se tornar um hábito”. Para os gregos da antiguidade, a Prudência, a Fortaleza e a Justiça eram as virtudes fundamentais. Quatro mil anos mais tarde, os cristãos definiram-nas como virtudes morais e acrescentaram mais três: a Fé, a Esperança e a Caridade. Os budistas, posteriormente, chamaram-lhes virtudes gloriosas ou qualidades espirituais, acrescentando-as à sua lista, que incluía já a Rectidão, a Paciência, o Desapego, a Intrepidez e a Contemplação.

Eis as minhas preferidas:

Coragem - Porque é a raiz para todas as realizações. Não é não ter medo, é combatê-lo e vencê-lo. Implica ter noção dos riscos, ou é apenas inconsciência.
Felicidade – Para a Humanidade, é bom esclarecer. E porque, segundo o Dalai Lama, ela é o propósito da existência.
Paciência - Porque é um atributo de sábios, pelo que deve ser cultivada.
Caridade - Não é a esmola na igreja, mas a compreensão profunda das necessidades dos outros. Liberta-nos do interesse excessivo por nós mesmos.
Justiça - Dar a cada um o que é seu por direito. Ajuda-nos a deixar de lado os rótulos e a respeitar as diferenças.
Amor - Porque nos faz querer dar, em ver de querer receber. Por ele, rompemos as fronteiras individuais e percebemos que fazemos parte integrante do mundo.
Desapego - Porque nos liberta dos bens materiais, que exageram a importância que não têm.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem, bem, estou impressionada!
Saltas, sem transição, do mais tresloucado delírio consumista para as altas esferas da metafísica!
As hormonas estão mesmo a dar cabo de ti...

bjs
m'ana

Mad disse...

Não, não salto... é que escrevo tudo em casa e depois publico tudo ao mesmo tempo! Fazer o quê?